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Doenças emergentes, alertas sanitários
Avaliação de EPI para atendimento de síndrome gripal
Boa noite!
Trabalho em uma instituição hospitalar que presta atendimento a casos de síndrome gripal e tem sido disponibilizado pela instituição avental de tecido polibrim, 100% algodão, sarja 3/1E, gramatura mínima 260g/m, acabamento com repelência a água e óleo, tratamento de solidez ao cloro, após esterilização para garantir o fechamento das fibras e conferir barreira de proteção, segundo informações fornecidas pela CCIH do hospital.
Ocorre que é realizado triagem dos pacientes pela equipe de enfermagem e a grande maioria dos pacientes triados apresenta queixas de tosse produtiva, diarreia e vômitos e, em conformidade com a Nota Técnica da Anvisa 04/2020 (atualizada em 25/02/2021), deveriam ser utilizados aventais impermeáveis SMS com gramatura mínima de 50g.
Contrariando o disposto na Nota Técnica da Anvisa e com a anuência da CCIH da instituição, a direção médica regulamentou por meio de memorando o uso de capote de tecido pelos profissionais.
Foi comunicado previamente a mesma direção médica sobre o adoecimento de diversos profissionais por COVID 19, com confirmação laboratorial, sendo inclusive 6 afastamentos de profissionais médicos do pronto-atendimento no último mês, porém a resposta da direção foi não existir relação de nexo causal entre o adoecimento e o avental disponibilizado pela instituição.
Considerando a capacitação e qualidade dos profissionais que atuam no projeto Risco Biológico, venho por meio deste solicitar um parecer quanto ao uso do avental de tecido acima especificado (segundo a CCIH do hospital), visando a segurança laboral dos profissionais de saúde.
Certa do acolhimento desta solicitação, desde já agradeço.
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Enviada por Kelly Oliveira, em 19/05/2021
COVID-19 - Avental / Capote (1)
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Prezada,
Pela nota técnica 04/2020 da Anvisa, dentre as especificações descritas do capote, consta que tem que ser descartável!
Mensagem encaminhada pela colega Simone
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O ideal é o SCIH tratar da exposição ao RB com o setor de medicina ocupacional do SESMT, mesmo em algumas situações sendo terceirizados, o SESMT, o Gestor de MO deve convocar estes Profissionais, para juntos com o pessoal do SCIH definirem protocolos de Prevenção e proteção, até pq cabe ao SCIH conhecer, controlar, limitar, reduzir, os riscos, e a exposição, o que se faz com elaboração do mapa de risco biológico, apartir daqui, proceder a Tomada de Decisão ( os produtos quimicos também, devem ter uma mapa, onde se usa/localidade
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estes produtos, pois este serviço controla a aplicação), as doenças de cada local. fornecer os dados sobre doenças do paciente, que é fonte de risco, e contamina o Local/ambiente, pra elaboração de politicas ambientais, observadas nos programas trabalhistas PPRA e PCMSO, base de informações pra laudos trabalhistas e previdenciários, como a exemplo do LTCAT, e o PPP. qdo o SCIH sabe desta valiosíssima informação dos riscos, e qual localidade do ambiente hospitalar, tem os riscos, o SCIH tem como missão, reduzir ao máximo a exposição ao trabalhador, daí ser importante, o trabalho de equipe, SCIH e SESMT, pra que juntos possam elaborar protocolos de prevenção e proteção. afim de tornar estes ambientes menos insalubres, e visem principalmente Qualidade de vida, dos ocupantes da edificação, sejam reduzindo o tempo de permanência do paciente (isolar o risco), assim como tornar estes ambientes seguros e saudaveis, pro trabalhador que se expoem a tais riscos, reduzindo acidentes de trabalho, doenças do trabalho e Ocupacionais, absenteísmos, e outras ausências relacionadas a ocupação.
Bartolomeu Dias Tec em Seg do Trabalho Recife regprofPE372.7MTESITDSST
Então, já li e reli a nota técnica e não há essa especificação de ser descartável nem do material do avental... refere apenas a gramatura e a depender do quadro clínico, ser impermeável.
Pelo que entendi, o avental fornecido pela instituição excede as especificações da NT da ANVISA em termos de gramatura e impermeabilidade. Também entendo que a NT não exige que seja descartável. O fato de citar determinado material (SMS) não me parece que seja impedimento à utilização de materiais com desempenho superior (já existe bastante jurisprudência sobre isso), porque muitas vezes essa citação é apenas para exemplificar. Mas se fosse uma especificação de material por questão de desempenho, aí teríamos que buscar fundamentos para justificar outra escolha e encaminhar uma consulta à ANVISA previamente.
O ponto mais interessante aqui me parece ser que muitos hospitais de alto nível estão substituindo aventais descartáveis pelos reprocessáveis (higienizáveis) com excelentes benefícios
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em economia e redução de resíduos / consumo, o que é ótimo para o meio ambiente. Veja que o SMS é, na maior parte, polipropileno, ou seja plástico derivado de petróleo, poluente e, nesse caso, de reciclagem muito difícil ineficiente e improvável. Mesmo considerando o impacto do consumo de água e de detergentes, mais os efluentes dessa lavagem, acredita-se que tanto em poluição como em consumo de recursos e emissões de carbono (gases de efeito estufa), os aventais reprocessáveis são superiores aos descartáveis, desde que se compare ambos produtos de boa qualidade e em atendimento às normas.
É muito importante questionarmos o uso de descartáveis, especialmente os de plástico ou sintéticos em geral e, sempre que possível, considerarmos o reutilizável. Uma análise bem feita pode demonstrar boas oportunidades de redução de despesas e/ou ganhos de qualidade.